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Amplificador de ocasiões

  • Pablo e Tainah CC (BY-NC-SA)
  • 7 de mar. de 2016
  • 4 min de leitura

Que Juiz de Fora é um ambiente de muitos encontros, ninguém duvida. A universidade, o comércio e os empregos gerados fazem com que a cidade seja alvo de uma grande migração de pessoas. Vamos então falar de idas e vindas de músicos! Nessa primeira parte da reportagem, iremos contar as histórias de artistas que vieram de outras cidades da região e construíram carreira em JF, onde se deparam com verdadeiras chances musicais!

São João Nepomuceno

A banda Pedra Relógio, natural de São João Nepomuceno, é formada por integrantes com uma forte ligação com Juiz de Fora. O baixista da banda, Diogo Lanini, conta que a conexão entre as duas cidades se deu em busca de oportunidades: “vivemos nesse tipo de migração pendular, pois assim conseguimos alcançar um número maior de pessoas que só uma cidade de porte médio como Juiz de Fora pode proporcionar”, comenta Diogo.

Foto: André Itaborahy Machado

O suporte técnico e de infraestrutura também pesou muito quando a banda optou por se apresentar em ambas as cidades. Entretanto, a logística e questões financeiras no que se refere aos ensaios já não compensava tanto. “Até 2014 a gente ensaiava em Juiz de Fora, mas estava ficando caro arcar com as horas em um estúdio particular, com isso montamos um estúdio próprio em São João e ficou possível juntar dinheiro para outros projetos da banda.”

Além de oportunidade e infraestrutura, Juiz de Fora também aparece como um trampolim para os artistas alçarem voos maiores, uma vez que a cidade conta com um cenário mais amplo em relação a diversos setores da música. Diogo comenta que a inserção nesse contexto mais favorável para a visibilidade da banda tem rendido bons resultados. “Já participamos de um Festival Nacional em Sorocaba - SP, e tivemos nosso single ‘Vira-lata’ veiculado na rádio 89FM de São Paulo, uma das mais importantes rádios de rock do país, e continuaremos trabalhando para que mais pessoas possam ouvir nosso som.”

A banda agora se concentra no lançamento e divulgação de seu EP, que deve ser lançado ainda no primeiro semestre de 2016. O projeto se encontra em estágio de pré-produção, mas a expectativa é grande: “O EP será gravado em São Paulo com o produtor Lampadinha, muito respeitado no mercado, ganhador de Grammy, e está por trás de bandas como Titãs, Charlie Brown e, mais recentemente, Scalene e Zimbra.”

Santos Dumont

A banda Metheora é formada por quatro pessoas: Ana Paes (vocalista e tecladista) e Raffael Tavares (guitarrista) moram em Santos Dumont, enquanto Felipe Malta (baixista) e Richard Rodrigues (baterista) moram em Juiz de Fora.

Foto: Divulgação

No final de 2009, Ana e Raffael começaram a compor e tocar juntos. Depois de um tempo, convidaram alguns músicos para fazer parte da primeira formação da banda, e assim nasceu a Metheora. Como em Santos Dumont não tem estúdio para ensaiar, eles se reúnem todos os domingos em Juiz de Fora. O guitarrista conta que não vê tanto problema no fato de os integrantes não morarem na mesma cidade: “além de ser perto, nós conversamos todos os dias pela internet, e às vezes marcamos ensaios extras para passar arranjos e resolver detalhes de shows ou gravações”.

Raffael comenta que eles fazem em média três shows em Juiz de Fora para um em Santos Dumont, e que também o público juiz-forano é bem maior. Eles também possuem fãs no Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A banda gravou em 2011 um CD chamado Apenas Ilusões, e em 2012 o clipe da música. Ficou curioso? Assista!

A banda voltou à ativa no ano passado, depois de dois anos parada, e seus integrantes começaram então a se dedicar à gravação de um EP, que foi lançado no último sábado (27), na página da banda. As músicas foram gravadas em Juiz de Fora com o produtor Maurício Ávila. No momento, o grupo está focado na gravação de um novo clipe para a música que dá nome ao EP, e depois pretendem entrar em contato com gravadoras e casas de shows para divulgar o material.

Clique na capa e ouça agora o EP “Meus Instintos”.

Santa Rita do Sapucaí

Guido veio do sul de Minas, de Santa Rita do Sapucaí, para estudar em Juiz de Fora. O músico já tocava em sua cidade natal em bares e festivais, mas com a mudança ele conseguiu engrenar uma carreira musical mais sólida: “em JF consigo fazer mais shows, por ser uma cidade maior e com mais oportunidades. Acredito que a proximidade com Rio e São Paulo só ajude também”.

Foto: Arquivo Pessoal

No final do ano passado, Guido lançou o EP “Homem Banda”, que tem esse nome porque ele mesmo toca todos os instrumentos. Para o músico, o lançamento foi um sucesso e gerou convites para shows logo na semana seguinte. Foi aí que ele percebeu uma característica do cenário autoral da cidade. “Não acho que dá pra fazer mais de um show por mês aqui, acabo tendo que ter um cuidado para fazer minhas apresentações com certo intervalo, senão não dá público”. Logo após o lançamento do EP, Guido gravou o clipe da música “Tchuguedinho”. Assista agora!

Os próximos passos do artista é expandir a carreira para outras cidades. Já tem shows marcados em Barbacena, onde participou recentemente de festivais, e também em Cataguases. Além disso, ele está tentando uma inserção no Rio de Janeiro, por meio de um projeto da cidade onde músicos tocam nos metrôs. “Quero tentar ganhar dinheiro pra conseguir levar meu material para outros lugares.”

O músico não tem grandes pretensões de atingir um público muito amplo. Ele apenas deseja que as pessoas paguem um preço justo para ver as suas composições e releituras. “Não quero trabalhar como músico de bar. Isso é ser coadjuvante. Quero que as pessoas possam me ver e estar em Juiz de Fora me proporciona isso.”

O EP “Homem Banda” está disponível no Spotify! Acesse aqui!

 
 
 

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