LGBTTI's no espaço público: Sofro preconceito sim (Pré-conceito)
- Warley Santos
- 31 de jul. de 2016
- 3 min de leitura
Na rapidinha de hoje, vamos mostrar uma lista de cinco pessoas que aceitaram relatar algumas das mais diversas formas de preconceito que sofrem no espaço público em que vivemos, pelo simples fato de serem o que são e com apenas um propósito: a liberdade. Portanto, liberte-se!

Diante de tantas formas de preconceito que podemos encontrar ao nosso redor, a transexual Varneya Vasu conta que a sua relação com o mundo estava estabelecida. Nesse momento se dava conta que além de se interessar por homens, possuía os mais diversos pensamentos e desejos femininos. “Imagina minha infância? Vocês não fazem ideia”, aponta ela, referindo-se
E ela escolheu a liberdade! Ao andar pelas ruas ela ainda passa por constrangimentos e parece perder os seus direitos. Varsneya relatou que a simples ida a um shopping para fazer compras, no vestiário masculino, os clientes a olham diferente. Ao mesmo tempo, no vestiário oposto, é proibida de entrar: Nem mesmo trajando roupas femininas… Mas como escolheu a liberdade, ela conta que, como empresária, o mundo lhe deu a oportunidade de mostrar para as pessoas ao seu redor que qualquer transexual também busca pela felicidade e tem sonhos. “Meus clientes me respeitam, temos uma boa relação. Amigos e família me apoiam. Envolvido nesse carinho, vou traçando meus dias, confiante em um mundo melhor, com direitos iguais para todos”, afirma ela.

Com a consciência de que todo preconceito contra ele não passa de apenas um pré-conceito e de que não se deve acreditar em qualquer forma de preconceito, Caio Santana também conta que, em alguns momentos, é tratado de forma diferente pelo simples fato de ser gay. Assim como Varsneya Vasu, ele já passou por constrangimento ao entrar em algumas lojas. “O vendedor passou a vez dele para o próximo por ter me visto entrar na loja”, disse ele.

O paranaense Diego Darlan argumenta que, apesar da sociedade replicar um discurso de inclusão - onde, na teoria, não existe o preconceito contra a comunidade LGBTTI, todos são aceitos e não é possível enxergar o pré-conceito, uma das maiores formas de preconceito no espaço público é o fato de pessoas como ele não ter a liberdade de demostrar abertamente seu afeto pelo parceiro, como também quando um membro da família não poder se assumir homossexual. “A primeira coisa que fazem é recriminar, tentar mudar, mostrar o caminho ‘certo’, o caminho de ‘Deus’”, relata.
Apesar da forma de ver o mundo que discrimina, reprime e que tenta mudar sua realidade e acabar com sua liberdade, Diego também conta que encara essa realidade e se mantém liberto da discriminação. Quando era pequeno, na escola, ouvia palavras como “veadinho”, “boiola” e “bicha”, até que chegou na sétima série e encontrou outros “desajustados”, com quem estabeleceu laços de amizade. “Eles eram quem me faziam bem e me deixavam ser quem eu realmente era”, explica.

Já Rodrigo Carlos, jornalista e corretor de imóveis em Juiz de Fora, além de escolher a liberdade, busca a conscientização. Segundo ele, o pré-conceito por ser homossexual no ambiente público é percebido com muito mais frequência pela roupa que veste. “Quando saio de casa às pressas, com aquela roupa ‘surradinha’ - que todos nós temos - não recebo a devida atenção”, diz. Para garantir sua liberdade nesses espaços, Rodrigo sempre buscou conscientizar as pessoas ao seu redor de forma divertida. Escolheu a mais feliz das liberdades. “Uso o episódio para me divertir, dando um famoso 'baile" de conscientização no profissional e/ou vendedor que age com preconceito ao me dar um atendimento”, pontua.

Professor da escola estadual São Miguel, em Jequitinhonha (MG), ele afirma que, mesmo percebendo a crescente intolerância no nosso dia a dia - que leva até algumas pessoas a agredir o próximo - e convivendo em um ambiente escolar, acredita que a homossexualidade é íntima e não interfere na sua capacidade profissional. “Sou filho, irmão, amigo e profissional como todos os outros”, defende ele, em nome da liberdade. Clézio de Lacerda também nos deixa uma legado, apesar do desafio diário de ser homossexual, do medo da agressão e das contantes ofensas: Não se esconder, viver o amor que o mundo precisa.
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