O lado B da comida de rua
- Maria Fernanda Pernisa
- 2 de mai. de 2016
- 2 min de leitura
Seja no final do dia ou no meio da tarde, enquanto andamos a caminho de algum lugar, eles sempre estão por lá, prontos para atender às fomes emergenciais. Ou mesmo como desculpa, para sair de casa e encontrar aquele amigo ou a namorada. Aqui, não tem prato decorado. Tem muito sabor, muita dedicação e felicidade no rosto. Estão nos pontos mais estratégicos e onde menos esperamos. Eles e elas, vendedores e vendedoras ambulantes, que sem se preocupar com glamour, se preocupam em atender prontamente ao chamado de quem por ali passa.
Seja cachorro-quente, espetinho ou pipoca. Quem nunca andou pelo centro de Juiz de Fora e sentiu aquele cheiro de comida gostosa, perfeita para fome que sentimos enquanto voltamos para casa ou mesmo quando nos deslocamos de um lugar a outro? A agilidade é a chave do negócio.

“Boa noite. Me vê um cachorro quente?”. Quantas vezes não pronunciamos frases assim e nem paramos para pensar quem é a pessoa para a qual dirigimos a palavra? Queremos a comida e pronto! Atrás de cada carrinho, existe uma história. Atrás de cada carrinho, existe uma pessoa batalhadora.

Pausa. Hora de ouvir o que você precisa. Hora do descanso. Hora de parar e olhar em volta e enxergar aquelas peças presentes no seu dia-a-dia que, muitas vezes, passam desapercebidas. Pausa boa, gostosa e suculenta.

Assim como a culinária, a vida possui muitos temperos. Em alguns momentos mais fortes, outros mais adocicados, mas todos sempre emocionantes e carregados de novas experiências…

Da diversão do simples. Daquilo que passa desapercebido no emaranhado de carros. Eis o bom português se confundindo com o velho americano. Quem está certo? Não sei. Só sei que a comida quem faz é o João.

Das coisas simples da vida, num dia frio, aquela boa preguiça de fazer algo para comer. Decidem sair. E onde vão? Naquele lugar mais próximo de casa, onde a gente se preocupa só em sentar, apreciar, em sentir satisfação juntos.
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