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Como você escolhe seus parceiros ou suas parceiras?

  • Carol Lopes e Isabel Senna
  • 14 de jul. de 2016
  • 3 min de leitura

As diferentes formas de se relacionar através dos tempos

A forma de se relacionar modificou-se ao longo dos tempos. A escolha dos parceiros nem sempre foi tão consciente. De acordo com a psicóloga e sexóloga Elisãngela Pereira, essa escolha é regida por uma tendência em procurar alguém que se pareça com aqueles que foram seus responsáveis, como o pai ou a mãe. “As pessoas buscam algo que já conheçam e saibam lidar. Elas se identificam com alguém que as trate de maneira semelhante ao que estavam acostumadas e escolhem aquele parceiro”, explica.

Vale ressaltar também que as modificações do pensamento de uma determinada sociedade também podem afetar na decisão de ficar ou não com alguém. Na trajetória da humanidade, já existiram diversas configurações de relações afetivas, a exemplo do relacionamento por interesse financeiro, entre pessoas de famílias tradicionais - aqueles que duram “até que a morte os separe”, com ou sem amor. Por outro lado, casais que optam por não ter filhos, pessoas adeptas do *poliamor ou dos relacionamentos abertos, caracterizam as novas formas de união na atualidade.

As relações podem começar a partir da convivência pessoal, mas também podem seguir caminhos diferentes. Com o desenvolvimento das tecnologias, o virtual se tornou uma opção fácil para quem quer conhecer novas pessoas.

*Poliamor: É a prática ou o desejo de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos.

Arte: Isabel Senna

A evolução histórica dos relacionamentos

No período feudal, as relações eram baseadas na aliança política entre famílias, visando garantir aos descendentes o poder e a posse das terras. Logo a Igreja passou a interferir e regulamentar os relacionamentos, baseada nas epístolas do apóstolo Paulo aos Coríntios (I Cor., VII, 1): “Que cada homem tenha uma mulher e cada mulher tenha um homem. Melhor seria que ficassem castos, mas se não podem se conter, casem-se”. Essa orientação acabou por contribuir com a restrição da sexualidade ao casamento e à procriação, sem levar em consideração o prazer.

Com a ascensão da burguesia, a Revolução Francesa e do espírito capitalista, as proibições religiosas perdem sua força, dando espaço para a valorização do amor individual e a escolha do parceiro. Surge como alternativa o relacionamento entre indivíduos que mantém sua individualidade e sua independência financeira. Unem-se, então, para construir objetivos comuns: filhos, família, lazer, prazer e tudo aquilo que eles queiram conquistar com o esforço conjunto, sem perder de vista os objetivos individuais e respeitando a igualdade de direitos e obrigações dentro da relação.

No início do século XXI, surgem os relacionamentos - os duradouros ou os “casinhos” de apenas uma noite - em que a monogamia não é um pilar para sustentar a relação. A diversidade nos relacionamentos é uma realidade, assim como a liberdade para encontrar o parceiro ou a parceira que deseja, por diferentes meios.

Nota: Os dados históricos de relacionamentos de casais foram extraídos do artigo “Amor, casamento e sexualidade: velhas e novas configurações” (2002) de Maria de Fátima Araújo, doutora em psicologia pela USP.

E aí, que app você escolhe?

A facilidade de conhecer pessoas novas hoje em dia é notória. Como a evolução dos relacionamentos acompanha o desenvolvimento da internet, não é de se estranhar que existam diversos aplicativos com o objetivo de unir novos casais - ou só proporcionar encontros divertidos. Tem de todos os formatos e para todos os gostos. Por isso reunimos algumas histórias de pessoas que curtem usar aplicativos (ou não). Confere aí:

Mapa astral também dá match

O Astromatch é um app de relacionamentos baseado no cruzamento de dados entre os mapas astrais dos usuários. A pessoa deve fornecer data, ano e local de nascimento, que são as informações básicas para fazer o mapa astral. A partir daí, o aplicativo irá mostrar quem tem maior porcentagem de compatibilidade, o que em astrologia é chamado de Sinastria. Em seguida, o usuário poderá dar um like se quiser conversar com a pessoa. Se ambos estiverem interessados, o aplicativo faz a combinação e abre um chat.

O app está disponível apenas em versão beta, mas em breve estará funcionando normalmente. De acordo com a idealizadora do aplicativo, Luana Kawamura, 21 anos, estudante de Zootecnia na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), o mercado de entrada do aplicativo é o público LGBTTI, mas também atinge público heterossexual.

Luana comenta que aplicativos de relacionamento facilitam a aproximação das pessoas através da tecnologia. “Com esses aplicativos as pessoas não precisam se enfrentar, olho no olho, chegar e sofrer uma rejeição... é mais fácil levar um não virtualmente”, acredita.

 
 
 

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